A campainha tocou. Odeio que me acordem de manhã, e àquela hora era demasiado de manhã. Podia matar-te, não trouxesses na mão o sorriso que sabes ser o meu preferido. Acompanhei-te à sala, pedi-te uns minutos, ainda com o cérebro demasiado ensopado em sono. Café. Banho. Talvez o banho primeiro. Tu riste-te, pegaste-me na mão e arrastaste-me para o quarto. Disseste-me que estavas ali para dormir comigo, com os meus braços a envolver o teu corpo. Tiraste a roupa, deitaste-te ao meu lado. Senti o teu calor, uma súbita harmonia a envolver-me os sentidos. Adormeci. Adormecemos.
Acordei e não estavas lá.