é a verdadeira antítese da vida, a verdadeira fuga para além da dor ou do sofrimento, da alegria e do orgasmo. é o não sentir absolutamente nada. é ver e ouvir, apenas. receber e não dar. apenas observar sem interferir.
a dor antecipada de saber que eventualmente todo este estado desaparecerá. o conhecimento que, eventualmente, terei que voltar a viver, voltar a desejar nunca ter nascido, voltar a desejar morrer. a solidão não mata, enlouquece... suicida-me. corrói me de dentro para fora, até restar apenas a capa externa de pele. até não ficar mais nada senão um corpo deambulante.
penso, se não me mato agora acabarei por morrer depois mas, morrer novo é poético e evita chatices. antes que a anestesia passe... porque aí deixa de haver coragem.