sentei-me e pedi mais um copo. não reparei que o mundo se abate sobre mim. que as portas se fecham e que a vida passa por mim e que eu vejo isso como algo positivo. porquê decidir se o tempo pode decidir por mim? porquê caminhar se posso ficar à espera que as coisas venham até mim enquanto bebo mais um copo.

mas hoje vi-te e procurei-te. imaginei uma flor que te ofereci e conquistei-te um sorriso. trocámos umas palavras. inconclusivas. como todos os diálogos mantidos por dois estranhos, como nós, a altas horas da madrugada num qualquer bar. no entanto, nunca desejei tanto beijar alguém porque, juro, naquele sorriso que te arranquei vi o mundo...