Ponho o chá a fazer e espero junto da chaleira que fique pronto. Encho uma caneca e sento-me na poltrona perto da janela. Fico a ver chover. Há muito tempo que não chovia assim. Ao ponto das pingas fazerem barulho ao embater na janela, do vento se ouvir assobiar. Dou um trago no chá e sinto-me aquecer. Estou mais confortável. Molhei-me completamente no caminho de tua casa à minha. Penso em ti agora que já não estou contigo. Agora que não te voltar a ver ou a ter. Penso em que é que errei. Penso no que não fiz. Penso no que podia ter feito. Percebo que foi errado desde o início e não penso mais nisso. Nada havia a fazer...