as coisas têm sempre uma solução simples... complico sempre... procuro o paraíse em ilhas desertas longínquas quando ele está ao alcance da mão. procuro saídas em paredes sem portas. evito o mar por causa dos monstros que sei que não existem mas que temo ainda assim. se eu soubesse gritar...

se soubesse... era livre... voava num sussurro de uma qualquer voz que ouvisse. escolhi a loucura, sim, escolhi, e na escolha descobri a liberdade. o poder de dizer sim ou dizer não. o poder de me esquivar do destino se tal coisa existir. escolhi o mundo do que não existe, escolhi a sedução. escolhi viver quando é mais fácil morrer, quando é mais fácil ficar sentado em frente ao rio esperando que a corrente mude de sentido. escolhi a vida sem a certeza do que isso possa significar...

sinto demasiado a tua falta...

não consigo quebrar este silêncio que deixaste para trás. na cara um sorriso que não consigo descolar. tenho medo de falar. tenho medo de escrever. tenho medo de pensar e deixar de sentir o toque dos teus lábios sobre os meus. o toque do teu corpo contra o meu. tenho agora um sonho que não quero perder. tive-te a ti e tive-me a mim de volta e tive nos meus braços a areia que resiste à fúria do mar, e o relampâgo que ofusca o luar.

tive-te a ti, nos meus braços, e não te quis largar. mas tu disseste tenho que ir. beijaste-me uma última vez e sorriste. disseste até amanhã. quando já ias embora ainda olhaste para trás e eu sorri-te, porque não conseguia senão sorrir. fechei a porta. desde então repito na memória a recordação daquele beijo. vezes e vezes e vezes sem conta para ter a certeza que não me foge. o silêncio foi inevitável. o teu cheiro ainda se sente. o teu sabor ainda me sobra na boca.

anseio pelo teu amor...

gostava que soubesses que, neste preciso momento, estou a pensar em ti. escrevo para ti. porque gostava que estivesses aqui a sussurar-me ao ouvido estas palavras que vou delineando. porque estar contigo é sentir-me vivo. o som do teu riso enche-me de uma sensação abstracta que eu penso ser felicidade, que só pode ser felicidade. porque a cada instante anseio pelo suave toque da tua mão sobre a minha, dos teus dedos entrelaçados nos meus. porque o teu corpo me enche de desejo. porque tu me completas e me fazes sorrir. tens esse dom. gostava que soubesses que agora me vou deitar pensando apenas em voltar a ter-te por perto. gostava que soubesses isto... gostava que, neste momento, também pensasses em mim...

anseio pelo teu beijo...

hoje, peguei no carro e viajei à deriva. aleatoriamente virei à esquerda ou à direita. sítios que não conhecia e continuo sem conhecer. absorvo-me no pensamento e o carro é apenas um pretexto para pensar. penso demasiado, eu sei. réstias de masoquismo que não consigo evitar.

a certa altura parei o carro numa praia que não sei qual. olhei-me um pouco no mar e voltei. da mesma forma que lá cheguei regressei. fui a casa, peguei na mala e fui para a estação. meti-me num comboio, onde tudo me é familiar, e voltei a lisboa. quando a estação começou a afastar-se pensei já não pertenço aqui.

hoje percebi que há decisões que têm que ser tomadas... hoje soube que, por vezes, o melhor a fazer é apagar alguém da nossa vida. não sei bem como. não sei bem por onde começar...

arranco as fotos da parede. passo em revista todos os albúns de música e separo aqueles que me fazem lembrar de ti, meto-os num saco com a promessa de os dar alguém. faço o mesmo com os livros, com os filmes. pego nas cartas que me escreveste e queimo-as na lareira junto com as fotos. tomo um banho para excomungar do meu corpo todas as réstias do teu perfume. deito-me, na esperança que dormindo te consiga esquecer definitivamente.

às vezes é melhor assim, caminhos separados. vidas separadas. agora é, de certeza, melhor assim...

adeus...

«Nenhum homem é uma ILHA isolada; cada homem é uma partícula do CONTINENTE, uma parte da TERRA; se um TORRÃO é arrastado para o MAR, a EUROPA fica diminuída, como se fosse um PROMONTÓRIO, como se fosse a CASA dos teus AMIGOS ou a TUA PRÓPRIA; a MORTE de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do GÉNERO HUMANO. E por isso não perguntes por quem os SINOS dobram; eles dobram por TI»

- John Donne

agora que tudo acalmou as coisas parecem diferentes, mais óbvias. as dúvidas desfeitas. tenho, agora, a certeza que o que mais odeio em mim é gostar de ti...

hoje, quero que o mundo se foda. sim, que se foda. não quero que o mundo se lixe, não quero que o mundo se enxergue em merda. quero que o mundo se F-O-D-A! estou farto de manter a calma. estou farto de perder sempre. estou farto! farto! farto! farto! farto de não ser respeitado, farto de amar e não ser amado. farto de gritar e ninguém ouvir. farto de em cada momento que estou contigo te querer beijar e não poder. farto de esperar por algo que não vai chegar nunca. farto de pensar. farto de ver o futuro e só ver a minha morte. ESTOU FARTO, FODA-SE! FARTO!

estou farto de não te ter... acabou... tem que acabar... tem que acabar aquilo que nunca começou...

a noite invadiu o quarto ao acordar. no prédio em frente, as luzes vão-se acendendo aos poucos, o reboliço da rua passa para dentro das casas. acendo também a luz sabendo que ninguém repara. desfolheio um jornal já antigo com a certeza que hoje o mundo continua igual porque assim é desde que existem homens. penso em mim através de ti. penso em ti e no momento que nunca chega.

estou contigo e o momento não chega nunca. o momento em que te ponho a mão na perna e suavemente te entregas. o momento em que te olho e tu me pedes beija-me. o momento em que aquele amor que parece não chegar nunca chega. e naqueles momentos entre as luzes do prédio em frente se começarem a apagar e o dia invadir o quarto ao adormecer abraçar-te. e no instante precisamente antes de te entregares ao sono dizer-te baixinho gostava que este momento durasse para sempre. e só então fechar os olhos e adormecer. para sempre...

o que é que eu acho da vida? não sei, sinceramente nunca pensei demasiado sobre isso. por vezes parece-me sem sentido, demasiado repetitiva. independentemente do que se se possa fazer para a condimentar, a partir de determinado momento a vida torna-se igual em cada instante. o dia de hoje igual ao de ontem e ao de amanhã. mudam pequenos detalhes e pouco mais que isso, a alma é sempre a mesma.

a partir de certa altura fartamo-nos até mesmo de nós, e disso não podemos fugir nunca. é a nós que vemos ao espelho, é a nossa voz que ouvimos, é com os nossos olhos que vemos o mundo. sempre nós. fartamo-nos também do nosso corpo que com o tempo vai envelhecendo e mesmo assim é sempre o mesmo.

talvez seja apenas eu... talvez tudo sejam ilusões, sonhos em que vivo para desviar o pensamento da realidade quotidiana, não sei... talvez seja apenas eu...

qual era mesmo a pergunta? o que acho da vida? não sei, sinceramente, não sei, nunca pensei demasiado sobre isso...

bebo o café como bebo a vida, de um trago só para o amargo ser menor. penso na carta que te escrevi e nunca chegaste a ler porque nunca cheguei a mandar. não sei se consigo perdoar. a ti e a mim. não sei se ainda te amo. não quero recordar as discussões demasiado acesas. as acções demasiado pesadas. o amor e o orgulho. a dor de saber que te estava a perder. fui aos correios e voltei para casa e queimei a carta. não pensei mais em ti, até agora.

hoje, ao abrir uma gaveta, encontrei as cartas que trocávamos. comecei a escrever-te uma carta que não acabei. talvez voltes um dia e a acabes. ficaste no pensamento mesmo que agora seja tudo diferente. não te esqueço, não sou capaz, não quero. sei que se pudesse voltar a ver-te pela primeira vez, como se todo aquele passado não existisse, como se as formas do teu corpo e do teu olhar não ressuscitassem algo que já não existe. se pudesse apagar o passado, sem dúvida, amar-te-ia de novo...

sentei-me e pedi mais um copo. não reparei que o mundo se abate sobre mim. que as portas se fecham e que a vida passa por mim e que eu vejo isso como algo positivo. porquê decidir se o tempo pode decidir por mim? porquê caminhar se posso ficar à espera que as coisas venham até mim enquanto bebo mais um copo.

mas hoje vi-te e procurei-te. imaginei uma flor que te ofereci e conquistei-te um sorriso. trocámos umas palavras. inconclusivas. como todos os diálogos mantidos por dois estranhos, como nós, a altas horas da madrugada num qualquer bar. no entanto, nunca desejei tanto beijar alguém porque, juro, naquele sorriso que te arranquei vi o mundo...

entro e sento-me no autocarro ao lado de uma qualquer pessoa, às vezes nem me chego a sentar, coloco-me no autocarro estrategicamente para que te possa observar às escondidas, sem que me vejas, não sei quem és, não quero saber quem és, tem muito mais piada assim, quando consegues escapar do livro que tens nas mãos e que lês lanças um olhar pelo autocarro, procuras alguém conhecido, alguém sobre quem chegues a casa e te deites na cama e te ponhas a pensar nela, todas as semanas mudas de livro, hoje estás a ler o meu livro preferido, hesitei em falar-te, em dizer-te olá, mas não quero destruir a ilusão que és feita para mim, que és a minha outra parte, assim posso pensar-te como quiser, és a mulher perfeita para mim, és como eu quiser que sejas, como eu te sonhar, és um anjo que torna a viagem de autocarro menos irritante, mais interessante, num jogo de escondidas dos nossos olhares que quando se cruzam timidamente se escondem. um dia sorriste, para mim, ou pelo menos assim quis pensar, eu sorri também para ti, mas acho que só a velhota que estava ao teu lado é que viu, ela também sorriu…

mas depois sais do autocarro, sigo-te com o olhar até o autocarro dobrar a esquina, apaixonei-me por ti sabendo nada sobre ti… estranha paixão…

cruzei-me contigo em pensamento e fingi que não te vi...

prometemos oferecer-nos, mutuamente, a morte. sem romantismos, apenas um adorno para a vida para a qual não gostávamos. a qual não queríamos viver.

hoje atrevi-me a rever-te. revisitando assim, anos depois, todos os lugares e sentimentos pelos quais passámos e prometemos passar. não sei se aguento. não sei se quero isto. ainda assim, prossigo.

aproximas-te e o nervosismo afasta-se. agora que não tens a cara recém-lavada em lágrimas a tua beleza realça. nunca me pareceste tão bonita. ao falar-te enfrento os fantasmas do amor que quase vivemos, dos encontros fugazes e apaixonados que vivemos no teu corpo.

o teu sorriso tem agora outro encanto, ou tem agora encanto. já não sorris para esconder a tristeza crónica de que padecias. tens agora uma nova vida com um novo brilho sob um novo olhar.

da conversa pouco ficou para além do teu sotaque (que sempre adorei). na despedida beijei-te, para recordar que a morte não é mais que um ornato.

onde estás? quem te levou? partiste um dia sem olhar para trás?, deixaste-me só ao acordar e não mais dormi, a tua falta é demasiado grande para que possa voltar a adormecer, ainda estendo a mão para o outro lado da cama para segurar a tua. talvez tenhas ido iludida por uma eventual paixão e esqueceste o amor que em mim tinhas, destroçaste-me, sabias? ainda hoje te procuro, não pelo mundo, mas pela minha alma, pois foi na minha alma que tu sempre exististe, e de onde partiste...

o relógio da estação marcava nove horas e trinta e um minutos, ao longe avistava-se já o comboio. há já uma semana que a cada minuto imaginava a tua chegada, como seria rever-te depois de tanto tempo. saias da carruagem, abraçava-te, beijava-te.

o comboio entrou na estação, parou, as pessoas começaram a sair, instalou-se o caos na estação, cumprimentavam-se pessoas e eu olhava, procurava-te no meio da multidão mas não te via, desesperava um pouco mais a cada pessoa que não tu que saia do comboio. sentei-me num banco na esperança que ao desfazer-se a balbúrdia te visse, de mala na mão, sozinha no cais. esperando-me.

a confusão desfez-se e a plataforma ficou vazia e silenciosa. apanhei o barco de regresso a lisboa. sonhara atravessar o tejo abraçado a ti, o vento frio a acariciar a cara. sonhei... naveguei sozinho. saí do barco e sentei-me num jardim a observar o rio a passar como se te observasse a ti passando por mim sorrindo.

não chegaste no comboio, não me visitaste, mas isso já eu sabia...

procuro-te em sítios em que sei que não te encontro. procuro-te em sítios em que sei que me vou encontrar. procuro-me na expectativa de perceber que sou realmente aquilo que sou, aquilo que me penso. esperança vã. se eu pudesse ser metade do que julgo ser seria o dobro do que sou... ainda assim persisto e não desisto até percorrer aquelas ruas e descobrir que, de facto, sou teu.

deitada na cama ouves a música que toca, moves as mãos delicadas ao som da melodia com medo de a quebrar, pensas, revisitas as mágoas passadas tornadas presentes, seguras as lágrimas com todas as forças que tens até que exausta acabas por chorar, encolhes-te o mais que podes e quando te olho disfarças a tristeza sorrindo. ponderas decisões, caminhos a seguir, equilibras as emoções para continuar um pouco mais. murmuras a letra da canção e relembras tudo aquilo que a música te trás. encolhes-te o mais que podes, como tentando abraçares-te a ti mesma. acabas cobrindo-te com a manta, o frio da alma tornou-se o frio do corpo, a lágrima tornou-se a chuva que cai lá fora. encolhes-te cada vez mais, choras cada vez mais, até que num grito levantas a tempestade na tua alma e no mundo.

sonhei contigo... não, não faças isso... não me peças para to contar... faz antes assim: olha-te ao espelho e verás o meu sonho. apenas a tua imagem em fundo negro.

teus olhos brilhando... teus lábios sorrindo...

ainda que não o saibas eu estou aqui, persigo com o olhar todos os teus movimentos em volta da sala. ainda que não o saibas deixo-me lentamente fascinar com o teu sorriso, com o brilho do teu olhar. abstraio-me do livro que tenho para ler e leio os sinais que sonho que me envias. quase a querer forçar um sentimento.

aproximas-te e eu tento disfarçar olhando para o livro, sem o ler. aqueles poucos e eternos metros que caminhaste até mim quase me roubaram o ar. disseste gostei da forma como me olhaste e roubaste-me um beijo que eu sei que não foi roubado. e roubaste-me um beijo e eu disse-te vamos sair daqui. pegaste-me na mão e conduziste-me para um qualquer outro lugar. fizeste-me acreditar...

talvez não merecesses toda aquela atenção. afinal de contas, nada fizeste para o merecer. amava-te, duvido que fosse recíproco. umas vezes pensava que sim. outras não. retríbuias os meus sorrisos de vez em quando. mas o olhar, por vezes, não enganava, dizia claramente que estávamos irremediavelmente apaixonados. mas eram só os olhares, eventualmente um sorriso, uma brincadeira ou outra. por qualquer razão que ignoro as circunstâncias não permitiram que a paixão (ou a ausência dela) se consumasse.

eu dava-te toda a atenção que podia dar, guardava apenas uma réstia para murmurar uma resposta a uma pergunta que me pudessem fazer. exceptuando os sim, não, pois, que era obrigado a pronunciar por uma questão de etiqueta e para justificar a minha presença física naquele grupo de pessoas. só tinha atenção para ela.

registava o mais pequeno movimento, os olhares, os sorrisos, a forma de pegar no cigarro, a maneira de ajeitar o cabelo ou a roupa, a maneira de te sentares, de falares. registei tudo isto e muito mais na memória de forma extremamente minuciosa. a certa altura ias embora, eu balbuciava um xau, ia também para casa.

ao sentar-me no sofá, montava o meu próprio filme contigo. deitado na cama a ouvir música clássica para dar um toque épico. junta o teu terceiro sorriso daquela tarde, com o primeiro olhar. a frase x com a frase y. mais ainda, pegava em palavras soltas e constítuia frases que saíam da tua boca e soavam no meu coração abstémio de afecto. conversava contigo. noites e noites a fio conversava contigo sobre tudo e sobre nada. na minha cabeça.

assim te amava, como uma marioneta da minha imaginação. um entretém para os meus momentos de solidão crónica.

peço-te, deixa-me só... contigo. peço-te um beijo e um abraço para que te sinta aqui comigo. está frio e o teu abraço aquece. estou melancólico e o teu beijo ressuscita. peço-te que fiques comigo esta noite, tenho medo de ficar sozinho. quero entregar-me a ti enquanto estou frágil. por isso, peço-te, consome-me e faz-me esquecer que a dor e as lágrimas vieram para ficar. não há neste momento olhar que eu suporte que não o teu.

diz apenas que sim, ou que não, ou não digas nada. mas, peço-te, fica, porque esta noite é também tua e este sentimento é por ti. a noite, eventualmente, acabará e aí peço-te que me faças sorrir uma última vez e que, de seguida, te vás embora levando contigo a recordação desta noite.

sentado no meu canto olho à minha volta. não falo porque sei que se o fizer acabarei chorando. a minha boca é a última barreira contra as lágrimas. se falar estarei a libertar os fantasmas que trago dentro de mim. os fantasmas que tanto amo e que não quero que se escapem. eu sei, basta uma palavra para que tudo termine, basta um não para que tudo desapareça. a tristeza. a solidão. as noites sem sono. não que isso possa mudar o passado, apenas me trará o caminho para a felicidade. algo que temo profundamente. tenho medo de voltar a ser feliz por poder afundar no tenebroso silêncio sentimental da depressão. e tenho medo da noite, tanto medo da noite como de mim mesmo.

quando o sol se põe e a cidade acalma é como se eles estivessem mais próximos. as suas vozes ecoam no silêncio. amo-os e nada consigo fazer contra isso. se, por acaso, me perguntarem se amo alguém digo que não. como irei eu explicar que amo os fantasmas que carrego na alma?

hoje cansei-me. quis dormir. quis sorrir. disse não! e os fantasmas partiram. chorei, até adormecer. quando acordei senti-me vazio, continuei triste. tinha saudades do meu amor que tinha partido...

é a verdadeira antítese da vida, a verdadeira fuga para além da dor ou do sofrimento, da alegria e do orgasmo. é o não sentir absolutamente nada. é ver e ouvir, apenas. receber e não dar. apenas observar sem interferir.

a dor antecipada de saber que eventualmente todo este estado desaparecerá. o conhecimento que, eventualmente, terei que voltar a viver, voltar a desejar nunca ter nascido, voltar a desejar morrer. a solidão não mata, enlouquece... suicida-me. corrói me de dentro para fora, até restar apenas a capa externa de pele. até não ficar mais nada senão um corpo deambulante.

penso, se não me mato agora acabarei por morrer depois mas, morrer novo é poético e evita chatices. antes que a anestesia passe... porque aí deixa de haver coragem.